Colabore com o blogue

A partilha de informações e novidades são uma óptima forma de conhecermos melhor o local onde vivemos. Se tiver interesse em colaborar com o blogue, por favor envie as suas mensagens para o nosso contacto.
Para conseguirmos ter o que comprámos, é dever de todos os vizinhos zelar pelo cumprimento do plano de urbanização do Casal de Vila Chã e a correcção de erros já detectados.

Acompanhe os comentários a Promessas por cumprir.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Olhar com Saber

A Olhar com Saber surgiu no ano de 2003, em que um grupo de técnicos com intervenção no concelho da Amadora e arredores, apercebeu-se da falta de apoio institucional a idosos em situação de carência em períodos como fim do dia, fins de semana e feriados. Neste sentido, este pequeno grupo de profissionais uniram esforços e experiências e constituíram a associação para tentar colmatar algumas carências nesta área.

A Olhar com Saber tem como objecto a Promoção e o Desenvolvimento Sócio-Familiar da Comunidade, numa perspectiva Bio-Psico-Social, pretende intervindo nomeadamente junto de grupos prioritários: Jovens, Toxicodependentes, Desempregados e Idosos.

O Projecto “CUIDAR” (SAD), surgiu de uma candidatura ao Programa de Apoio Integrado a Idosos, que foi aprovada no ano de 2005. Deste modo a Instituição iniciou o Projecto em Setembro tendo a duração de dois anos. A Olhar com Saber pretende intervir junto da população idosa, de ambos os sexos, residentes no concelho da Amadora, constituindo-se como prioritários os casos de indivíduos isolados ou com suporte familiar insuficiente e/ou acamados.

A valência de serviço de apoio domiciliário da Olhar com Saber tem capacidade para 30 utentes de ambos os sexos, residentes no concelho da Amadora. O apoio é prestado sete dias por semana no período compreendido entre as 08h. e as 20h. A freguesia da Mina uma prioridade na Intervenção, podendo em casos excepção abranger as freguesias limítrofes (Venteira, Falagueira e Casal São Brás).

Este projecto assenta numa metodologia inter-institucional e multidisciplinar.


Associação para Promoção e Desenvolvimento Sócio-Familiar - Olhar com Saber

Morada: Rua Bombeiros Voluntários Jardim das Águas Livres Edifício Epal - Mina
Código Postal: 2700 Amadora
Tel/Fax: 21 492 62 36
E-mail: olharcomsaber @ sapo.pt
Nome da Pessoa a Contactar: Dra Adelaide Duarte / Dra Alexandra Esteves

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Fonte: ADAPT - Olhar com Saber


Mais informações em:
ADAPT
Sondagem: Gostaria de contribuir para o Cabaz de Natal da...

Sondagem: Gostaria de contribuir para o Cabaz de Natal da...

Esta sondagem foi realizada aos leitores do blogue entre 21-11-2008 e 28-11-2008. De acordo com a votação, a Olhar com Saber - Associação para a Promoção e Desenvolvimento Sócio-Familiar foi a instituição seleccionada. Obrigado pela vossa participação.



Mais informações em Iniciativa: Vila Chã, um bairro onde se vive e convive

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Portugueses insatisfeitos com nível da democracia

Os portugueses estão descontentes com a qualidade da democracia e desinteressados da política, constata o Inquérito Social Europeu, na edição de 2006, que hoje é apresentado em Lisboa.

O ESS (na sigla em inglês), desenvolvido em 23 países europeus, comunitários e fora da União Europeia, indica que só os russos, húngaros, ucranianos e búlgaros estão mais descontentes que os portugueses com o funcionamento da democracia e politicamente mais desinteressados. No extremo oposto encontram-se a Dinamarca, a Suíça e a Finlândia.

Estes resultados são semelhantes aos alcançados em edições anteriores do inquérito que é desenvolvido desde 2001 e mereceu em 2005 o prémio Descartes para a Investigação.

«É interessante constatar que a participação cívica e política está fortemente associada com todas as dimensões do bem-estar: os indíviduos com maiores índices de confiança interpessoal, interesse político, envolvimento comunitário e participação em actividades políticas e mais satisfeitos com a qualidade da democracia são também os que expressam maior bem-estar social, subjectivo e psicológico», referem os autores do estudo.

Em Portugal, a realização do inquérito é assegurada por um consórcio constituído pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).

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Fonte: Diário Digital, 27-11-2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Proposta Metro Ligeiro de Superfície e extensão do Metropolitano

(...) Em 2008 dar-se-á início ao prolongamento da rede de metropolitano (linha azul) à estação da Reboleira, possibilitando o transbordo multimodal e de acesso directo ao comboio. Esta ligação será da maior importância, tendo em conta, o peso que estes dois modos detêm no quadro das deslocações diárias.

Prevê-se ainda, reforçar as ligações transversais, aos restantes concelhos vizinhos com a introdução do metro ligeiro de superfície. Este projecto foi desenvolvido em parceria com a Carris e o Metropolitano de Lisboa e com a colaboração dos concelhos de Oeiras, Odivelas e Loures.

O objectivo é a oferta de maior regularidade e melhores níveis de serviço na Área Metropolitana de Lisboa, com a criação de linhas que permitam a transferência multimodal. A futura rede do metro ligeiro de superfície será composta por três linhas, iniciando-se pela linha Odivelas - Amadora Este e seu prolongamento à interface da Reboleira. (...)


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Fonte: REOT (página 94), Câmara Municipal da Amadora, 09-2007


Está previsto que o metro ligeiro de superficie passe a cerca de 600 metros do cruzamento da Av. Fernando Valle com a Av. Canto e Castro, mais propriamente na zona da Praça do Conselho da Europa, no Casal de São Brás.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Café com cores

Ontem foi o primeiro dia de um novo espaço comercial e onde foi feito uma boa reciclagem do espaço. Um café moderno e acolhedor (Zona Única, Coffee House) no lote 17 da Avenida Canto e Castro.

domingo, 23 de novembro de 2008

Amadora aposta na recuperação de óleos usados

A Câmara da Amadora vai distribuir pelo concelho cerca de 50 contentores para deposição de óleos alimentares usados, cuja valorização reverterá para acções humanitárias e projectos da AMI.

A iniciativa inclui também a distribuição de 15 mil contentores de utilização individual nas escolas do 1.º e 2.º ciclos.

O acordo prevê ainda que as lojas Pingo Doce do concelho entreguem um total de cinco mil dos mesmos recipientes a clientes que comprem pelo menos três litros de óleo para uso doméstico.

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Fonte: Renascença, 21-11-2008

sábado, 22 de novembro de 2008

Mais do mesmo...

Mais do mesmo... Ainda posso compreender a opção do condutor do Jipe caso não houvesse lugares. No entanto, começo a duvidar se tem capacidades para estacionar o seu Jipe onde quer que seja... Digo isto, pois já não faço ideia de quantas vezes vejo este sr?! a fazer o mesmo. Se repararem, existem dois lugares vazios 3m adiante!!! Devo mencionar que os lugares já lá estavam quando parou...

Outro lugar preferido, continua a ser nas rampas de acesso às passadeiras... Está visto que os blocos de pedra no chão não são suficientes.

Acredito que a colocação de pinos em alguns locais estratégicos seria a solução para algumas situações que se tem vindo a verificar.

Cumprimentos.




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Nota: e-mail enviado por LP


sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Morador com aprumo

Boa tarde,

Tomei iniciativa de reportar o problema do candeeiro (prestes a cair), à Junta de Freguesia de S. Brás. Segue a resposta do presidente da JF, a informar que o assunto já foi encaminhado para as entidades competentes.

Cumprimentos.

Luís




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Nota: e-mail enviado por Luís Pires


Mais informações em Candeeiro sem prumo

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Iniciativa: Vila Chã, um bairro onde se vive e convive

Aproveitando a ideia de uma leitora, gostaríamos de lançar um desafio a todos moradores e comerciantes de Vila Chã.

Aproxima-se a época de Natal e, aproveitando a onda de solidariedade existente nesta quadra, seria interessante realizar um cabaz de Natal para entregar a uma Instituição de Solidariedade Social do município, previamente seleccionada.

Esta iniciativa, para além do objectivo intrínseco, tem como objectivo criar um movimento de cidadania que junte todos os comerciantes e moradores do bairro em prol de causas nobres.

Fazemos um apelo a todos comerciantes para que entre vós seleccionem um dos vossos espaços comerciais como ponto de recolha de bens materiais para o cabaz de Natal. Apelamos também à Sandra, autora do texto "Ajudar a Vila Chã a ser o Bairro ideal", que em conjunto com os comerciantes organize a logística e a entrega do cabaz à instituição seleccionada. No caso de nenhum comerciante se mostrar diponível para acolher esta iniciativa, podemos optar por abrir uma conta bancária, num dos bancos existentes no bairro, em nome da instituição.

Quanto ao blogue, está disponível para divulgar a iniciativa, assim como ajudar a promover a seleccção da Instituição de Solidariedade Social do município da Amadora.

Espero que todos aceitem este desafio para que, juntos, ajudemos Vila Chã a ser um bairro onde se vive e convive.

Futuras instalações da Divisão da PSP

Segundo o Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Raposo, numa entrevista dada ao Jornal da Região, a futura "esquadra vai começar a ser construída no próximo ano pelo grupo Chamartín, o mesmo que está a construir o Dolce Vita Tejo, num terreno cedido pela Câmara junto à urbanização de Vila Chã. Depois de concluída a obra, a autarquia vai ceder o equipamento ao Ministério da Administração Interna, que terá de o equipar.".

No início do ano, no dia 30 de Janeiro, alguns moradores de Vila Chã estiveram presentes na reunião pública da Câmara e depois de interpelarem o Presidente sobre o tema, este divulgou que que as futuras instalações da Divisão da PSP se iriam localizar no triângulo entre a Praça/Avenida Pedro Álvares Cabral, a Avenida Laura Ayres e sub-estação da EDP (Rua Isaac Newton).

Aqui ficam algumas fotos do local:




Mais informações em:
O local no Google Maps
PIDDAC 2009: Segurança contemplada
Síntese das Respostas CMA
Resultados da reunião pública da Câmara

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Ajudar a Vila Chã a ser o Bairro ideal

Boa tarde a todos,

Gostaria de deixar aqui o meu testemunho, já que fui das primeiras pessoas a vir morar para a Vila Chã e que por isso tenho visto a sua clara evolução.

Acho que é o nosso dever analisar e até apontar o que está errado na Vila Chã, para que se possa evoluir e ter uma qualidade de vida que todos esperamos e ansiamos. Não concordo é com certas posturas e atitudes de algumas pessoas que estão sempre a reclamar e a apontar o dedo à obra feita.

Queremos todos ser felizes, é um facto mas será que essa felicidade passa por “perseguir” todos os passos que são dados em torno de um objectivo comum? Todos os que estão ligados à Vila Chã de uma forma ou de outra querem que este projecto seja exemplar, mas há certas pessoas que só se preocupam em procurar os erros e defeitos da urbanização. Não se vê pessoa alguma a fundar uma associação, um clube, um projecto de voluntariado à inserção social, boas ideias precisam-se!! Também é preciso que as pessoas deixem de se preocupar com o seu umbigo e olhem para aquilo que é realmente importante... a vida!!!

Vamos animar a Vila Chã!!! Vamos falar bem do nosso Bairro, pois deixem-me que vos diga que muitos amigos e pessoas conhecidas de fora e que visitam as nossas casas... saem daqui realmente deliciados. Algumas dessas pessoas, são pessoas que vivem em zonas nobres de Lisboa e ficam simplesmente encantadas com o bom gosto e cuidado que tem o nosso cantinho. Também é preciso falar bem... de vez em quando!!!

Vivam a vida, preocupem-se com o que é vosso, mas não façam disso uma batalha para que depois se esqueçam de viver e partilhar a vossa vida com amor e amizade pelo próximo.

Vamos continuar todos atentos e por essa razão este blog foi uma ideia genial.

Até breve,

Sandra


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Nota: e-mail enviado por Paulo Dias

sábado, 15 de novembro de 2008

Candeeiro sem prumo

Na Avenida Artur Semedo existe um candeeiro que está demasiado inclinado há alguns meses. Desconfio que quando alguém se magoar ou apanhar um valente susto é que o vão retirar ou então repará-lo. Espero que o desajeitado que fez este disparate tenha aproveitado para anotar o contacto da escola de condução, a que o atrelado faz publicidade, e fazer umas aulas de reciclagem.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Blogues estão a (re)acender debate sobre as cidades

Os assuntos ligados a cidades são cada vez mais comuns na blogosfera do país. São intervenções que contribuem para a participação cívica e promovem a reflexão.

Há uns anos, um cidadão que quisesse participar de forma activa na vida da sua cidade tinha poucas hipóteses de ser ouvido. Se a vocação fosse muita, poderia tentar entrar no mundo político; se não fosse este o caso, sobravam as hipóteses de recorrer às reuniões da câmara municipal ou tentar entrar em contacto com algum dirigente. Hoje, quem tem algo a dizer sobre a cidade onde vive pode criar um blogue. E já são muitos os que fazem isto.
Os blogues que dedicam as suas páginas e posts sobre assuntos relacionados com uma cidade são cada vez mais frequentes em Portugal. Com mais ou menos qualidade e credibilidade, é possível encontrar na blogosfera portuguesa espaços que discutem o país de norte a sul à distância de um clique.
Até que ponto estes blogues são uma nova ferramenta de participação cívica ou constituem um local de difamação e crítica do sistema político estabelecido? João Canavilhas, professor de comunicação na Universidade da Beira Interior e investigador no Labcom (Laboratório de Comunicação Online), considera que a resposta para esta questão centra-se "nos objectivos de quem administra o blogue".
"Um blogue genuinamente produzido por um cidadão, ou um grupo de cidadãos, sem interesses políticos é uma excelente forma de participação cívica", diz o investigador, realçando que "muitos destes blogues nascem da impossibilidade do comum cidadão publicar nos jornais regionais". Por outro lado, João Canavilhas não se esquece de referir a outra face de blogues urbanos: "Há blogues que são apenas mais um palco para as oposições e blogues anónimos que servem apenas para achincalhar os autarcas" (ver texto na página ano lado).

Da discussão cívica...
Os blogues "permitem a qualquer cidadão ter voz na sua comunidade", apesar de ainda estarem dependentes da "amplificação da imprensa tradicional" para ganharem mais reconhecimento público, defende João Canavilhas. "Estes blogues continuam a ganhar terreno e penso que nas próximas autárquicas já serão um importante espaço de debate", completa o investigador.
Entre os administradores dos principais blogues urbanos do país, a opinião é quase unânime: os blogues surgiram para colmatar a falta de discussão pública sobre os assuntos locais e tentar melhorar aquilo que está mal. Um exemplo já conhecido é o blogue A Baixa do Porto. Surge em 2004 na sequência do encerramento de um fórum on-line criado pela Câmara do Porto para discutir a revisão do Plano Director Municipal.
"Quando esse espaço fechou, os seus frequentadores habituais ficaram "sem abrigo" e eu resolvi lançar uma alternativa que mantivesse a característica de praça pública, ou seja, de um local onde qualquer pessoa pudesse se exprimir", conta ao PÚBLICO o criador e administrador do A Baixa do Porto, Tiago Azevedo Fernandes, também conhecido pelas iniciais T.A.F.
"Verifiquei que havia muitas cabeças a pensar, mas não estavam, na altura, disponíveis ferramentas adequadas para permitir a troca eficaz de ideias nem para a formação sustentada e construtiva de opinião", recorda-se. Hoje, o A Baixa do Porto recebe cerca de 1000 visitas diárias e conta com textos de membros do "executivo e da oposição autárquica", além de outros especialistas.
Tiago Azevedo Fernandes acredita que a diversidade de opiniões é um dos factores para o reconhecimento do blogue, ao qual também se juntam "a necessidade que a sociedade civil sente em agir" e a existência de "regras claras de participação". No A Baixa do Porto, os textos publicados devem ter "impacto na vida" da cidade e cumprir "regras mínimas de civismo", "para que haja uma utilização responsável da liberdade de expressão", explica o administrador do blogue.

... à força da imagem
Para dar mais credibilidade ao seu blogue, Paulo Morgado, criador e administrador do bracarense Avenida Central, optou por identificar-se, contrariando a tendência do anonimato presente em outros espaços virtuais. "Eu penso que a participação deve fazer-se com rosto", afirma o blogger.
O Avenida Central, que aparece em 2006, tem como "principal objectivo estimular a reflexão e o debate sobre a cidade e a região, sem deixar de ter um olhar atento à actualidade nacional e internacional", explica Pedro Morgado, que considera "que o número de blogues locais com qualidade ainda é baixo, mas que tenderá a crescer".
O administrador vê o Avenida Central, que tem 800 a 1000 visitantes diários, como "mais uma forma de fazer cidadania", justificando que "em Braga a discussão pública é muito rara". Como facto mais mediático lançado pelo blogue, Pedro Morgado destaca "a Petição pelo Regresso do Eléctrico que resultou em várias iniciativas e tomadas de posição tanto na Assembleia Municipal de Braga como no próprio executivo municipal".
Quando a discussão virtual tem repercussões na vida real, o objectivo de certos blogues é concretizado. Aconteceu com o Avenida Central, com o A Baixa do Porto e acontece com o recente, mas já bastante conhecido, Lisboa S.O.S. Preocupado com o "estado de degradação" da capital, o Lisboa S.O.S. aposta, sobretudo, no impacto da imagem.
"As pessoas estão cansadas de muito texto", explica um dos criadores e administradores do blogue que prefere manter o anonimato, realçando que o faz "não para esconder mas para que o blogue seja de todos e não seja de ninguém". "Não queremos ligar o blogue a nenhum nome", diz o administrador.
Terreiro do Paço, Jardim Botânico, Mosteiro dos Jerónimos e outros locais emblemáticos de Lisboa já foram alvo das lentes atentas dos cinco participantes do blogue, que também se preocupa com problemas de certas freguesias ou bairros. O Lisboa S.O.S. conta com oito colaboradores que mandam fotografias, mas, todos os dias, recebem centenas de comentários e e-mails, que vão desde o apoio pelo trabalho feito no blogue até a denuncia de outras situações.
"Sabemos que a câmara e as juntas de freguesia vêem o blogue", conta um dos administradores, afirmando que "o blogue tem mais actuação a nível de micro-situações e alerta para problemas 'macro'". Além do trabalho de denúncia, o blogue também mostra o lado positivo de certos factos, por exemplo, quando as situações problemáticas ou degradadas são arranjadas.
Também através de fotografias, o blogue A Cidade Surpreendente pretende mostrar o lado belo e contemplativo do Porto. O criador e administrador, Carlos Romão, vê no blogue "um acto de devoção com o Porto e uma prova de amor pela cidade". E como a degradação do património não passa despercebida, Carlos Romão decidiu criar o blogue A Outra Face da Cidade Surpreendente, porque não era justo mostrar só a parte bela da cidade", explica.

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Fonte: Público, 09-11-2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Nova escola EB 1 + JI de Vila Chã

(...) Foi igualmente aprovado o projecto de construção da nova escola EB 1 + JI de Vila Chã, que substituirá as Escolas do 1º. ciclo Mina de Água e Aprígio Gomes e JI de Santa Filomena. (...)

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Fonte: Acta nº 68, Junta de Freguesia da Mina, 07-07-2008


Afinal a nova escola básica e jardim de infância de Vila Chã pouco espaço terá para as crianças do nosso bairro, visto que apenas vão substituir duas escolas básicas e um jardim de infância da freguesia da Mina. Não podemos esquecer que na Urbanização Casal de Vila Chã está prevista a construção de 98 lotes, cerca de 1000 apartamentos...

A Escola Básica nº1 de Vila Chã substitui as seguintes escolas:

Jardim de Infância de Casal Santa Filomena
Estrada Militar, 2700-586 Amadora

Escola Básica nº1 Mina de Água
Avenida Miguel Bombarda, 34-B, 2700-582 Amadora

Escola Básica nº1 Aprígio Gomes
Praceta Cidade de Maputo, 2700-175 Amadora

Estudo associa linhas de alta tensão a risco de desenvolver Alzheimer

Quem reside a menos de 50 metros de uma linha de alta tensão pode duplicar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer, segundo um estudo de investigadores da Universidade de Berna. O estudo, publicado na revista norte-americana "Journal of Epidemiology", é o primeiro no mundo a debruçar-se explicitamente sobre a possível relação de causa e efeito entre os campos magnéticos dessas linhas e doenças como Alzheimer.

Os cientistas examinaram todos os óbitos causados na Suíça por esta doença neuro-degenerativa entre 2000 e 2005, num total de 9.200 casos. Em resultado, concluíram que 20 destes casos surgiram em pessoas que residiram durante 15 anos e mais a menos de 50 metros de uma linha de alta tensão, o que representa o dobro da prevalência registada no resto da população. Pelo contrário, os investigadores não encontraram qualquer aumento de casos em relação à média em residentes a mais de 50 metros de uma linha de alta tensão.

Porém, estes investigadores sublinham que o seu trabalho não permite concluir definitivamente que os campos magnéticos das linhas de alta tensão estejam realmente na origem de um risco acrescido de Alzheimer. Até agora só podem ser avançadas hipóteses sobre o mecanismo que poderá levar os campos magnéticos a aumentar o risco de desenvolver a doença.

Uma teoria sugere que os campos magnéticos perturbam os contactos entre as células nervosas e outras células, enquanto para outra há uma maior produção de radicais livres, que poderia desencadear doenças degenerativas. Estudos anteriores apontaram para outros efeitos possíveis dos campos electromagnéticos na saúde pública, nomeadamente riscos acrescidos de leucemia, tumores cerebrais, malformações em fetos ou partos prematuros.

Todavia, estes riscos não estão ainda comprovados cientificamente, segundo concluiu a Organização Mundial de Saúde (OMS) depois de analisar milhares de trabalhos feitos sobre o tema nos últimos 30 anos.

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Fonte: Público, 07-11-2008

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Sugestão: Comemore o dia de São Martinho

Hoje à noite faça um magusto caseiro e convide os seus vizinhos para comerem umas castanhas, assadas ou cozidas, e beber jeropiga ou água-pé. Conviva!

Videovigilância identifica suspeitos de gás tóxico

Na Escola Básica 2,3 Cardoso Lopes, na Amadora, as aulas da manhã foram interrompidas pela libertação de um gás tóxico. Um aluno do 7.º ano é apontado como suspeito e já terá sido identificado. (...)

"Lançaram gás cá na escola e o João está com os médicos". Paula Silva foi surpreendida pelo telefonema da filha, Renata, aluna do sexto ano da Escola Básica 2,3 Cardoso Lopes, na Amadora, frequentada por cerca de 800 alunos, entre os sete e os 17 anos. "Era meio-dia e meia, peguei na mala e vim logo para cá", diz ao DN. Mãe de cinco filhos, os olhos vermelhos denunciam a recente aflição mas a voz, serena, mostra o alívio depois de ter estado com o filho, na tenda montada pelo INEM dentro do recinto da escola. "Já estive com o João. Ele esteve com oxigénio. Doíam-lhe os olhos e a garganta. Mas acho que está bem. Aliás, disseram-me que daqui a pouco lhe dariam alta".

O João, do 7.º ano, foi um dos 24 alunos que receberam assistência do INEM com sintomas associados a um gás libertado no átrio do pavilhão B. Luís Neves, director da Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ, responsável pela investigação, afirmou ao DN que "o assunto está balizado" e adiantou que "foram jovens lá da escola" os responsáveis pelos acontecimentos. A situação foi, explicou, provocada pela utilização de "um gás irritante", que provocou alterações na visão e no sistema respiratório de alguns alunos.

Depois de assistidos no posto médico avançado montado pelo INEM no local, seis alunos e uma funcionária acabaram por ser evacuados para o Hospital Amadora-Sintra. Teresa Pinto, médica do INEM que coordenou as operações de socorro, explicou tratar-se apenas de uma medida de precaução. "A funcionária apresentava sintomas diferentes dos alunos e, por isso, foi logo a primeira a ser enviada para o Hospital Amadora-Sintra. Quanto às crianças, como as dores abdominais persistiam, foram ao hospital para efectuarem exames de diagnóstico complementares", adiantou. No total, foram assistidas 31 vítimas de intoxicação, sete das quais adultos. Ao final da tarde, o DN confirmou junto do Hospital Amadora--Sintra que tanto as crianças como a funcionária já tinham recebido alta.

À porta da escola, onde ao final da manhã muitos pais foram chegando para saber notícias dos filhos, começaram a circular algumas informações sobre o que se teria passado no átrio do pavilhão B. O gás terá entrado na escola dentro de balões e os suspeitos, alunos da escola, identificados com a ajuda das câmaras de videovigilância existentes.

Esta foi, aliás, a versão confirmada aos jornalistas por Lúcia Diniz, professora de francês que se encontrava no pavilhão B, a dar aulas, quando tudo aconteceu. "Sentimos um cheiro esquisito e começámos a sentir-nos mal", relatou. De acordo com a professora, há dez anos nesta escola, "este foi o primeiro incidente do género", afirmou, visivelmente abatida.

Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), desvaloriza a situação. "Há 30 anos, também eram usadas as bombinhas de Carnaval. É claro que é preciso dizer aos alunos envolvidos que esta é uma situação a não repetir. Mas quero acreditar que é apenas uma irreverência da idade", disse ao DN.

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Fonte: Diário de Notícias, 11-11-2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Gás em escola da Amadora deixa 22 pessoas intoxicadas

Um gás tóxico caiu sobre um pavilhão da Escola EB 2,3 Cardoso Lopes, da Amadora, deixando 22 pessoas com sintomas de intoxicação e necessidade de assistência médica. Uma mulher e uma criança foram hospitalizadas, mas o INEM garante que não se pode falar de perigo de vida.

O gás que caiu sobre um dos pavilhões onde decorrem aulas estava dentro de um balão, estando por apurar as circunstâncias em que ocorreu este incidente.

O INEM decidiu enviar para um hospital das proximidades "uma adulta e uma criança porque os sintomas não eram daqueles mais comuns nestas situações e necessitavam de exames complementares e eventualmente observação mais prolongada".

Teresa Pinto, responsável da emergência médica no local, descarta porém a ideia de que corram perigo de vida: "Não estavam em perigo de vida de forma alguma".

O INEM, que se deslocou de imediato para a escola, onde montou um hospital de campanha, não estava ao início da tarde na posse de dados que pudessem identificar de que tipo de gás se tratava, havendo contudo fortes suspeitas de que possa ser gás lacrimogéneo.

"O que encontrámos foi uma sala com pessoas com diferentes sintomas e diferentes níveis de sintomas", avançou à RTP Teresa Pinto, do INEM, para acrescentar que "embora não saibamos qual é o gás, perece-me a mim que pelos sintomas será algo tipo lacrimogéneo".

De acordo com esta especialistas do INEM, os sintomas detectados na escola da Amadora estão relacionados com " ardor nos olhos, ardor na garganta e algumas dores abdominais", pelo que - explicou - "a maioria (das crianças e adultos que apresentavam estes sinais) já tiveram alta".

Entretanto, Teresa Pinto explicou que no posto avançado do INEM permanecem algumas crianças "que persistem com dores abdominais e que vão continuar a ser observadas, não sendo de excluir a hipótese de irem ao hospital para exames complementares".

Ainda sem a divulgação de qualquer dado que indicie as causas deste incidente, a escola está a ser vigiada por elementos da PSP, com a Polícia Judiciária em campo para apurar responsabilidades.

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Fonte: RTP, 10-11-2008

Estacionamentos

Moradora em Vila Chã

Muito boa tarde, venho por este meio, fazer a seguinte observação e comentário também, dei uma volta aqui a dias pela Urbanização e deparei com as situações que em anexo tirei fotografia, refiro-me claro aos estacionamentos em cima do passeio. Aqui há dias ai a entrar na garagem e perguntei a um vizinho porque razão estacionava em cima do passeio. Porque aqui as habitações na urbanização tem todas box ou parqueamento, e qual não foi o meu espanto com a resposta, ( a minha garagem e no -3 e da muito trabalho por lá o carro e mais ainda estrago-o carro), claro fiquei sem resposta porque não vale a pena. Resta apenas a quem tiver poder, Câmara Municipal, Urbanizador, junta de freguesia, enfim alguma entidade com capacidade para tal, de colocar algo nos passeios para os carros não poderem ser lá estacionados. E não me venham com a desculpa que a noite existe falta de estacionamento, durante o dia ainda tem alguma desculpa…. Mas não será por isso que o tenham que o fazer. Também fica aqui uma chamada de atenção para os presentes dos animais nos jardins. Pois existe ainda terrenos baldios porque não vão para lá com os animais? Gente deste bairro, vamos ter civismo e dar o exemplo.









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Nota: e-mail enviado por Mila

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Habitação Social II

Ainda relativamente à questão da habitação social no nosso bairro.
Após reunião com um Arquitecto da Câmara Municipal da Amadora onde pude visualizar o alvará de loteamento a realidade é a seguinte:

Está previsto no PDM para a Urbanização de Vila Chã 73 fogos de habitação social distribuídos pelos lotes 85, 86, 87, 88 e 89.

O vergonhoso é certos construtores e certos vendedores continuarem a alegar desconhecimento desta situação quando na realidade ela está prevista desde o início.
Fica o aviso para quem no futuro ponderar comprar casa em Vila Chã.

Atenciosamente
Sérgio Simões


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Nota: e-mail enviado por Sérgio Simões


Mais informações em Habitação Social

PDM: Planta de Ordenamento

Versão final 4, 1993


Versão final 4 retificada, 2001


Mais informações em Planos Municipais de Ordenamento do Território, Câmara Municipal da Amadora

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

O velho Casal de Vila Chã

Boa noite,

Junto envio partes de antigos mapas onde está o velho Casal de Vila Chã, o que ainda há pouco tempo estava de pé e foi demolido e que estava em perfeito estado de conservação.




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Nota: e-mail enviado por Lucas

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Sugestão Cultural

Amadora em Cena 6 – Mostra de Teatro da Amadora 2008

De 23 de Outubro a 9 de Novembro

Durante 3 semanas, mais de vinte eventos ligados ao teatro e artes em geral estarão em diversos espaços culturais do Concelho. Estarão presentes na Mostra companhias de teatro (profissionais e não-profissionais) de concelhos como Amadora, Lisboa, Tomar, Cartaxo, Mora, Moncorvo, Pombal... O formato da Mostra mantém-se da edição passada: quintas - performances + música / sextas e sábados - espectáculos para o público em geral / domingos - espectáculos para a infância.

Mais informações em:
Amadora em Cena
TPN.blog
Teatro Passagem de Nível

terça-feira, 4 de novembro de 2008

PIDDAC 2009: Segurança contemplada

(...) Fazendo uma análise aos cerca de nove milhões de euros destinados pelo PIDDAC à Amadora, Joaquim Raposo salienta duas verbas inscritas, uma para a conclusão da esquadra da PSP de Alfragide e outra, de 400 mil euros, para a nova esquadra da Divisão da Amadora. “Trata-se de uma verba para equipamento da futura esquadra”, justifica. Segundo o edil, a esquadra vai começar a ser construída no próximo ano pelo grupo Chamartín, o mesmo que está a construir o Dolce Vita Tejo, num terreno cedido pela Câmara junto à urbanização de Vila Chã. Depois de concluída a obra, a autarquia vai ceder o equipamento ao Ministério da Administração Interna, que terá de o equipar. “Essa verba é precisamente para isso”, acrescenta Joaquim Raposo. (...)

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Fonte: Jornal da Região, 04-11-2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

E se a Amadora tivesse um autarca de origem africana?!

Hoje estive a "passear" pelo jornal Público e deparei-me com um artigo interessante. É do conhecimento de todos que o Município da Amadora tem uma forte presença de imigrantes, com especial relevo para as gentes de origem africana.

As eleições autárquicas estão próximas e possivelmente não veremos nenhum imigrante nas listas de candidatos. Mas pensemos no que o mundo está a assistir neste momento. Nos EUA há 50 anos era impensável que uma pessoa de origem africana pudesse chegar ao poder e isso está prestes a acontecer, possivelmente já amanhã. Esse senhor subiu a pulso e poderá concretizar o sonho americano. Da Holanda vem outro exemplo de integração e sucesso. Um outro senhor, este de origem marroquina, será o presidente da Câmara de Roterdão a partir de Janeiro de 2009.

Eis o artigo que motivou este "post":

O muçulmano que vai governar a segunda maior cidade da Holanda e não tem medo

Tinha 15 anos quando cheguei à Holanda. Eu, a minha mãe e os meus irmãos deixámos a nossa aldeia de Beni Sidel, nas montanhas Rif, no Norte de Marrocos, em 1976, e fomos para Amesterdão. Juntámo-nos ao meu pai, que tinha sido imã (conduzia preces na mesquita) e havia emigrado na década de 1960 para sustentar a família. Do que deixei para trás, só me lembro de uma pequena casa sem água corrente e electricidade, uma vaca, um burro e algumas pedras.

Não foi fácil a integração, mas não baixei os braços. Formei-me em engenharia e telecomunicações, fui jornalista, assessor de imprensa e relações públicas, fundei e dirigi a organização Forum, dedicada aos problemas do multiculturalismo desde 1998. E aqui estou eu, o primeiro muçulmano designado burgomestre de uma grande cidade da Holanda, neste caso Roterdão, a segunda maior.

A minha nomeação, a 18 de Outubro, já foi confirmada e tomo posse em 1 de Janeiro de 2009. Prometo cumprir até ao fim os seis anos do meu mandato. Fui escolhido pelo meu Partido Trabalhista depois de até adversários políticos terem elogiado a minha "competência, seriedade e eficácia". Primeiro como vereador de Amesterdão e depois como secretário de Estados dos Assuntos Sociais e do Emprego.

Exerci este último cargo desde as eleições legislativas de 2007, no quarto governo do primeiro-ministro Jan Peter Balkenende. Havia outro muçulmano na equipa: o turco Nebahat Albayrak, secretário de Estado da Justiça. Abrimos um precedente, e a extrema-direita, que apenas ocupa nove dos 150 lugares do Parlamento nacional, criticou-nos e continua a criticar-nos por termos dois passaportes.

Alguns acusaram-nos de "criar a aparência de dupla lealdade". Mas que fazer, se Marrocos e a Turquia não permitem que optemos por uma só nacionalidade? O mesmo acontece com a princesa Máxima, mulher do herdeiro do trono holandês, Willem Alexander, que mantém o seu passaporte argentino.

Agora, Geert Wilders, líder do partido anti-imigração PVV, ironiza que "escolher um muçulmano para burgomestre de Roterdão é tão ridículo como nomear um holandês para presidente da Câmara de Meca", na Arábia Saudita. E disse mais: "Roterdão vai tornar-se uma Rabat e, em breve, vamos ter um imã a servir de arcebispo. É uma loucura!" Perante estas afirmações, quero recordar que, em 2004, quando um extremista da minha comunidade marroquina matou o cineasta crítico do islão Teo Van Gogh - alvejado com sete balas, esfaqueado nas costas e degolado até quase ser decapitado - tive a coragem de gritar, do púlpito de uma mesquita, que todos aqueles que não aceitarem os valores de liberdade deste país que os acolheu devem fazer as malas e partir imediatamente.

Por causa dessa atitude, puseram a circular na Internet e enviaram-me cartas iguais à que foi cravada com duas facas no torso de Van Gogh. Chamaram-me apóstata, herege e traidor. Não me deixei intimidar. Não tenho vergonha de assumir que sou um muçulmano praticante, mas também não hesito em defender a separação entre Estado e religião.

Em Amesterdão
Naquela altura eu era vereador da Educação, Juventude e Diversidade em Amesterdão. Percorri durante vários dias as ruas da cidade para tranquilizar os espíritos, para impedir que o ódio e a revolta resvalassem para a violência. Ganhei o respeito de todos, porque compreendo muito bem o que aqui se passa.

Chamam-me "imigrante modelo" e "modelo de inspiração" e, parte desses elogios ganhei-os pela forma invulgar com que agi. Por exemplo, eu ia pessoalmente à casa dos munícipes para ter a certeza de que não recebiam subsídios indevidos. Queria ter a certeza de que as oportunidades oferecidas pelo Estado eram merecidas.
Deixem-me que compare os imigrantes de ascendência turca e marroquina do meu tempo aos judeus portugueses que chegaram a Amesterdão há 300 anos. Estes firmaram-se como uma comunidade florescente e deixaram marcas históricas na nossa cidade com uma bela sinagoga.

Foram necessárias gerações para que os judeus se instalassem na sociedade de Amesterdão e subissem aos importantes postos que têm assumido nas últimas décadas. Os descendentes desses imigrantes portugueses ainda hoje são parte da elite administrativa, académica e económica de Amesterdão. Em 300 anos, passaram de imigrantes a detentores de cargos importantes por nomeação real.

Também os imigrantes marroquinos e turcos de Amesterdão deram um gigantesco passo em frente. Nos anos 1960 e 1979, muitos vieram de áreas rurais, tradicionais e não industrializadas. Foram recrutados por grandes companhias em busca de mão-de-obra barata. Um grande número era analfabeto. Não obstante as adversidades, membros desses grupos imigrantes (da primeira e segunda gerações) já se tornaram membros influentes da nossa sociedade.

Em todo o caso, apesar desta elevação social, muitos problemas persistem, sobretudo com a segunda geração que ainda não foi integrada no sistema educativo e no mercado de trabalho. Muitos jovens sentem que, apesar dos seus esforços, nunca foram aceites. Devemos temer que eles se radicalizem e enveredem por actividades terroristas? Creio que não devemos generalizar, porque a diversidade desta segunda geração é enorme. Não devemos categorizá-los como um grupo separado, mas enfatizar que fazem parte da nossa sociedade.

Nós e eles
Tenho medo, é verdade que os imigrantes da primeira, mas sobretudo da segunda geração, se aproximem mais dos seus países de origem do que dos Estados onde vivem. Os jovens parecem sentir-se atraídos por uma imagem romantizada da sua identidade e raízes. Alguns abraçaram o islão ortodoxo para aumentar a auto-estima e não participam na sociedade. Ora, quando começam a virar as costas à sociedade, as pessoas vivem realidades separadas, criam as suas próprias histórias e percepções. Isto conduz a uma polarização, provoca tensões e medos. Essa realidade leva-nos a pensar em termos de "nós" e "eles", mas o que temos de fazer é conhecermo-nos uns aos outros e as nossas diferentes histórias.

Também estou inquieto com a dureza do debate sobre o islão na Europa e a "integração dos muçulmanos" nas sociedades urbanas europeias. Tenho visto políticos a usarem a religião e o medo para chegarem ao poder. Isto é uma ameaça à Europa e aos ideais europeus. Processos de polarização e de perda da confiança mútua são um resultado amargo quando os políticos se deixam guiar por objectivos populistas.

É tão fácil criticar o islão ou fazer das comunidades imigrantes um bode expiatório para conquistar mais votos. No entanto, isso causa danos e tensões desnecessárias. Compreendo que muitos jovens sintam que não são aceites nem têm a perspectiva de um futuro brilhante.

O desafio de Roterdão
Falei sobre estes problemas, mais centrados em Amesterdão, quando estive em Lisboa, em Outubro de 2006, na 11ª Conferência Metropolis. Agora vou para Roterdão, outra cidade portuária da Holanda e talvez ainda mais complexa. Dos seus 600 mil habitantes, cerca de 47 por cento são originários de uns 180 países. Há muitos problemas sócio-económicos, incluindo crimes, envolvendo as comunidades migrantes, o que agrava a discriminação.

O segundo maior partido da cidade é o Leefbaar Rotterdam (LR), herdeiro da lista fundada pelo activista da extrema-direita Pim Fortuyn, assassinado em 2002 por um activista dos direitos dos animais que justificou o ataque com a "exploração dos sectores mais fracos" por parte daquele político. A minha designação como burgomestre foi duramente criticada pelo novo líder, Ronald Sorensen.

Na Holanda, embora os presidentes de câmara sejam, tradicionalmente, nomeados pela rainha por recomendação dos partidos, nos últimos meses várias cidades, como Ultrecht e Eindhoven, adoptaram a eleição por referendo. Ou seja, os cidadãos podem optar entre dois candidatos de uma short list. No meu caso, eu nem sequer constava de uma short list e o Leefbaar Rotterdam insistia num referendo. O Partido Trabalhista (PvdA), que é desde 2006 o maior bloco no conselho comunal (18 dos 45 lugares, contra 14 do LR), conseguiu impor a sua vontade, e Sorensen ficou furioso.

Eu, pela minha parte, fiquei muito feliz por ir substituir Ivo Opstelten, que esteve no comando durante dez anos desta cidade muito especial, com gentes diversas e uma grande história. E desconfio que as principais razões para o Leefbaar Rotterdam não me aceitar sejam outras que não o facto de eu ser muçulmano e ter dois passaportes. Reparem no que disse Sorensen: "Ahmed Aboutaleb é um tipo que vem da rival Amesterdão e, mais grave, apoia o Ajax [equipa de futebol local] em vez do nosso Feyenoord."

Não tenho medo. Aos 48 anos e com pelo menos 45 por cento dos holandeses a manifestarem-me o seu apoio nas sondagens, vou continuar a seguir o meu método de trabalho que é o da negociação - uma das principais características do islão. E não me importo que me chamem "o sultão de Roterdão".

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Fonte: Público, 01-11-2008