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terça-feira, 11 de novembro de 2008

Videovigilância identifica suspeitos de gás tóxico

Na Escola Básica 2,3 Cardoso Lopes, na Amadora, as aulas da manhã foram interrompidas pela libertação de um gás tóxico. Um aluno do 7.º ano é apontado como suspeito e já terá sido identificado. (...)

"Lançaram gás cá na escola e o João está com os médicos". Paula Silva foi surpreendida pelo telefonema da filha, Renata, aluna do sexto ano da Escola Básica 2,3 Cardoso Lopes, na Amadora, frequentada por cerca de 800 alunos, entre os sete e os 17 anos. "Era meio-dia e meia, peguei na mala e vim logo para cá", diz ao DN. Mãe de cinco filhos, os olhos vermelhos denunciam a recente aflição mas a voz, serena, mostra o alívio depois de ter estado com o filho, na tenda montada pelo INEM dentro do recinto da escola. "Já estive com o João. Ele esteve com oxigénio. Doíam-lhe os olhos e a garganta. Mas acho que está bem. Aliás, disseram-me que daqui a pouco lhe dariam alta".

O João, do 7.º ano, foi um dos 24 alunos que receberam assistência do INEM com sintomas associados a um gás libertado no átrio do pavilhão B. Luís Neves, director da Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ, responsável pela investigação, afirmou ao DN que "o assunto está balizado" e adiantou que "foram jovens lá da escola" os responsáveis pelos acontecimentos. A situação foi, explicou, provocada pela utilização de "um gás irritante", que provocou alterações na visão e no sistema respiratório de alguns alunos.

Depois de assistidos no posto médico avançado montado pelo INEM no local, seis alunos e uma funcionária acabaram por ser evacuados para o Hospital Amadora-Sintra. Teresa Pinto, médica do INEM que coordenou as operações de socorro, explicou tratar-se apenas de uma medida de precaução. "A funcionária apresentava sintomas diferentes dos alunos e, por isso, foi logo a primeira a ser enviada para o Hospital Amadora-Sintra. Quanto às crianças, como as dores abdominais persistiam, foram ao hospital para efectuarem exames de diagnóstico complementares", adiantou. No total, foram assistidas 31 vítimas de intoxicação, sete das quais adultos. Ao final da tarde, o DN confirmou junto do Hospital Amadora--Sintra que tanto as crianças como a funcionária já tinham recebido alta.

À porta da escola, onde ao final da manhã muitos pais foram chegando para saber notícias dos filhos, começaram a circular algumas informações sobre o que se teria passado no átrio do pavilhão B. O gás terá entrado na escola dentro de balões e os suspeitos, alunos da escola, identificados com a ajuda das câmaras de videovigilância existentes.

Esta foi, aliás, a versão confirmada aos jornalistas por Lúcia Diniz, professora de francês que se encontrava no pavilhão B, a dar aulas, quando tudo aconteceu. "Sentimos um cheiro esquisito e começámos a sentir-nos mal", relatou. De acordo com a professora, há dez anos nesta escola, "este foi o primeiro incidente do género", afirmou, visivelmente abatida.

Albino Almeida, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), desvaloriza a situação. "Há 30 anos, também eram usadas as bombinhas de Carnaval. É claro que é preciso dizer aos alunos envolvidos que esta é uma situação a não repetir. Mas quero acreditar que é apenas uma irreverência da idade", disse ao DN.

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Fonte: Diário de Notícias, 11-11-2008

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