A blogosfera, assume nos dias de hoje, um importante papel na dinamização da comunicação tanto ao nível empresarial como pessoal. Nesse âmbito, a população civil, conhecedora das potencialidades e alcance dessa ferramenta de comunicação, usa-a para discutir assuntos de interesse global, regional, local e até mesmo pessoal. Escrevo este artigo, para fazer referência às diversas "comunidades blogueiras" existentes no concelho da Amadora. Não sei qual terá sido o primeiro blogue a surgir, mas são vários os que hoje em dia são referência para moradores actuais e futuros, das diversas urbanizações existentes no concelho. Assumindo o papel de "mediadores", os blogues, surgem como autênticas salas de reunião, onde os intervenientes expõem os seus pensamentos, reivindicações e opiniões relativos a cada item, cabendo depois aos diversos visitantes seleccionarem aqueles que mais interessam, estando pelo menos assim assegurado um dos princípios básicos da democracia, a liberdade de expressão de todos os intervenientes. (...)
Poderemos agora questionar, acerca das motivações que levam um indivíduo ou grupo de indivíduos a organizarem-se de forma tão coordenada, que conseguem arrastar e gerar atrás de si, verdadeiras correntes de opiniões globais de tão elevada concordância. Serão estes indivíduos profetas da verdade? Não deveria esta tarefa ser também partilhada por toda a administração local, pelos políticos. Pois é, na minha opinião, os blogues a que me refiro, e dos quais sou um leitor assíduo, existem na sua grande maioria devido a todo o alheamento que a administração tem em relação à população local, das quais, não compreende as necessidades nem sequer se interessa em verificar se os requisitos mais básicos de legalidade das diversas urbanizações que surgem como cogumelos, na Amadora, se verificam. Dou-vos o exemplo dos blogues de Vila Chã, Serra das Brancas, Moinhos do Guizo, Neudel, Atalaia, entre outros que decerto o leitor mais curioso irá encontrar numa curta pesquisa na Internet. "Ouçam", tudo aquilo que os populares das várias urbanizações reclamam e facilmente irão constatar que não é nada que não seja exequível como um pouco de atenção pelas diversas populações. Acima de tudo, todas as reclamações efectuadas resultam do esquecimento das populações. Ecopontos, limpeza de ruas, espaços verdes, sinais, nomes de ruas, são alguns dos problemas verificados.
Confesso que não vivi o 25 de Abril de 1974, mas acho que uma revolução mais silenciosa vai acontecendo por aí fora. Estamos em ano de eleições e desafio os mais desatentos a atentarem em tudo que se irá passar este ano. Não se deixem enganar por uma ou duas obras para tapar os olhos, não reclamem por tudo e por nada pois cairão em descrédito, mas reclamem por tudo aquilo a que tem direito.
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Fonte: Jornal da Região, 17-03-2009
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