"Venham todos ajudar-me", apelava Manoel Roiz, moleiro do moinho de Tomé Francisco em 1772. A pequenada, encantada e curiosa, aprendeu com este saloio como se fazia farinha num moinho de vento. Vestido a preceito, Jorge Miranda, da Rede Nacional de Moinhos, encarnou a personagem do primeiro moleiro do único moinho do concelho ainda a funcionar, num dia em que 155 moinhos de todo o país estiveram abertos ao público. "É um pequeno museu de ciência em miniatura", destaca Jorge Miranda referindo-se a um dos dois moinhos situados nas instalações da Siemens, em Alfragide. Um moinho típico com torre fixa e capelo rotativo por sarilho, cuja construção remonta a meados do século XVIII, numa altura em que nasceram cerca de 500 moinhos em torno de Lisboa. Os moinhos ainda funcionavam em 1898, mas em 1911 já surgiam assinalados como ruínas. "Foi o primeiro moinho que ajudei a reconstruir", salienta ainda, louvando a recuperação deste património, por parte da Siemens, em 1986. "A maior parte dos moinhos do concelho inseridos em malha urbana estão recuperados exteriormente. Faltam apenas alguns que estão situados no meio de alguns bairros, como a Cova da Moura e Santa Filomena", justifica.
A iniciativa da Rede Nacional de Moinhos em abrir ao público estas "peças da história" tem, acima de tudo, o objectivo de "os manter a funcionar porque assim são conservados. São máquinas com um potencial educativo enorme e que não está completamente esgotado", frisa este entusiasta.
Para assinalar o Dia Nacional dos Moinhos, a 7 de Abril, a Rede Nacional abriu ao público, no último sábado, uma série de moinhos. No de Alfragide, a equipa recebeu largas dezenas de crianças que, para além de verem como antigamente se fazia farinha, tiveram outras experiências "onde se privilegiou a interacção", destaca Jorge Miranda. "Trouxemos o pilão africano, a mó manual e uma moinhola", acrescenta. (...)
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Fonte: Jornal da Região, 07-04-2009
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