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sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Ligar duas linhas férreas custa 58 milhões de euros

O presidente do Metropolitano de Lisboa (ML), Joaquim Reis, assinou ontem um contrato no valor de 58 milhões de euros para prolongar em pouco mais de 200 metros a linha azul desde a estação Amadora Este até à Reboleira, onde será criado um interface de ligação directa à estação dos comboios da CP para servir quatro milhões de passageiros por ano.

"Duzentos e poucos metros de linha essenciais para ligar o metro à linha de Sintra da CP, transformando um sistema incoerente num sistema coerente, coordenado e intermodal", salientou ontem a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, na cerimónia oficial.

Anunciando que este prolongamento do ML até à Reboleira abrirá à exploração no primeiro semestre de 2011, a secretária de Estado pediu aos representantes do consórcio da Zagope, Soares da Costa, Teixeira Duarte e Tâmega para "cumprirem o contrato, os prazos e os custos".

Visivelmente aborrecida com inúmeros comentários que tem ouvido sobre o facto de escassos 200 metros de linha custarem 58 milhões de euros, Ana Paula Vitorino lembrou que o prolongamento da linha azul até Amadora Este não avançou logo até à Reboleira, "porque diziam que iria roubar passageiros à CP".

"Nos meus 20 anos de carreira técnica na área dos transportes, nunca tinha ouvido tão grande incoerência", salientou a secretária de Estado, referindo que "os transportes públicos não existem para dar lucro às empresas, mas sim para servirem as populações". Frisou ainda que esta ligação entre as duas vias férreas "até vai captar mais clientes para a CP".

Sobre a mesma questão também se pronunciou o presidente da câmara da Amadora, Joaquim Raposo, lembrando que há 11 anos, quando se candidatou à autarquia, anunciava "querer levar o metro até à Amadora. Todos diziam que isso era ilusão e que seria o metro virtual. Mas não é. Já está feito e até vai crescer até à Reboleira, servindo não só este concelho mas também o de Sintra".

Referindo estar em curso o processo para o metro ligeiro de superfície do seu município, o autarca diz que a "Amadora vai ter, a seguir a Lisboa, a melhor rede de transportes públicos da área metropolitana".

Quanto aos pormenores técnicos da obra, o presidente do ML, Joaquim Reis, explicou que "cerca de 600 metros são relativamente complicados, porque se desenvolvem numa zona que interfere com a linha suburbana da CP e com o Aqueduto das Águas Livres. Por isso, é preciso fazer bem o trabalho de casa". (...)

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Fonte: Diário de Notícias, 14-08-2008

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