Os comboios da linha de Sintra voltam amanhã a circular no túnel do Rossio, fechado há três anos por questões de segurança para a maior intervenção de sempre, que envolveu uma polémica rescisão com o empreiteiro e sofreu uma derrapagem de 9,5 milhões de euros. A reabertura será assinalada com viagens gratuitas em comboios especiais que circularão entre as estações Roma/Areeiro e Rossio e com um concerto de Maria João e Mário Laginha, às 18 horas, no átrio da estação, agora transformado num espaço cultural. O serviço regular só será retomado domingo, mas com um novo horário concebido pela CP.
A empresa argumenta que o encerramento do túnel e o desvio dos comboios para a linha de Cintura durante três anos criou novas centralidades (Sete Rios e Entrecampos) e fez com que os clientes descobrissem outras formas de mobilidade, designadamente em articulação com o Metro e com a Carris, pelo que o novo horário foi "ajustado à procura".
Em vez dos oito comboios por hora que havia no Rossio nas horas de ponta antes do encerramento, passará agora a haver seis, com intervalos de 10 em 10 minutos. Uma "redução de 25%" que preocupa a Comissão de Utentes da Linha de Sintra, mas que a CP refuta, argumentando que a opção foi por reforçar a circulação na Linha de Cintura, onde passam a haver seis comboios por hora entre as 5 e as 10 da manhã e as 16 e as 20 horas.
Fonte da CP garante que estas alterações serão monitorizadas e que serão feitas as "necessárias adaptações" para corresponder às necessidades dos passageiros. Fora das horas de ponta e à noite, os comboios irão circular de 20 em 20 minutos.
Apesar destas alterações, a CP acredita que vai conseguir recuperar os 7% de passageiros que perdeu na linha de Sintra com o encerramento da estação do Rossio e até crê que vai conseguir atrair mais 3% de passageiros a somar aos 200 mil que diariamente transporta naquela linha.
Outra das novidades da entrada em funcionamento do túnel do Rossio é o facto de o tempo de circulação ser reduzido em três minutos, pelo facto de ter sido aumentada a velocidade dentro do túnel de 30 para 90 quilómetros/hora. Hoje haverá uma visita-técnica à obra para mostrar os melhoramentos e onde a Refer promete esclarecer todas as dúvidas em relação à falta de simulacros e testes dos planos de emergência, denunciados pela Associação Nacional de Bombeiros Profissionais.
O túnel do Rossio foi encerrado de surpresa no dia 22 de Outubro de 2004 devido ao risco de derrocada. A obra deveria ter terminado em Julho de 2006, mas a decisão da Refer de rescindir o contrato com o empreiteiro inicial - a Teixeira Duarte/Epos, na sequência de um pedido de prorrogação do prazo que atirava a conclusão para Novembro de 2011 - acabou por contribuir para este adiamento. Coube então ao consórcio Mota-Engil/Zapope/Ferrovias, que entrou no túnel a 22 de Janeiro de 2007, terminar os trabalhos.
Fonte: Jornal de Notícias / Lusa, 15-02-2008
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