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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Nova política de realojamento acaba com construção de bairros sociais

A Câmara da Amadora quer deixar de construir bairros sociais e está a apostar na compra de apartamentos, a preços mais acessíveis, no mercado privado, uma forma que, acredita, evitará a concentração em massa de habitação social. (...)

Segundo a vereadora com o pelouro da Habitação, Carla Tavares (PS), (...) a autarquia vai continuar individualmente a apostar na aquisição de fogos a preço de portaria - a custos controlados - de forma a “evitar a concentração massificada de habitações” como são exemplos os bairros como o Casal da Mira, com 760 fogos construídos de raiz para albergar famílias inscritas no PER. (...)

Outro dos objetivos desta nova política de habitação da autarquia passa por dispersar os agregados familiares em locais que não sejam especificamente de realojamento social, não confinados à Amadora.

Parte dos dezanove fogos adquiridos em parque legal, através de imobiliárias, estão localizados em Belas, Queluz e Algueirão, no concelho de Sintra.

“Em vez de concentrarmos as pessoas num único espaço físico da cidade, em zonas que acabam por ser de realojamento, estamos a procurar dispersar os agregados por um conjunto de fogos que existem, devolutos ou à espera de ser arrendados ou adquiridos, procurando evitar a construção em massa e processos de realojamento em massa”, frisou a vereadora Carla Tavares. (...)

Neste momento existem ainda 1591 agregados inscritos no PER a residir em bairros degradados, cerca de 23 por cento do total de casos inscritos no início do programa, em 1993, quando existiam na Amadora 35 bairros degradados, com 26 mil pessoas a residir em barracas.

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Fonte: Jornal i, 15-05-2010

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