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quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Dificuldades também nos condomínios

Maria Silva foi um dos muitos portugueses que viram o seu salário ser reduzido de forma substancial e com isso as despesas que habitualmente tinha a seu encargo serem postas em causa, nomeadamente o pagamento ao banco do crédito da casa e de todas as outras inerentes à manutenção da habitação.
Sozinha e sem qualquer ajuda, passou a ter mais dificuldade em pagar os bens essenciais e algumas das contas habituais, nomeadamente o condomínio, que no seu caso tem um valor de 35 euros por mês. “Entre luz, água, gás, alimentação e transportes, não sobra mais nada para fazer face a outras despesas, nomeadamente o condomínio, que se tornou um peso difícil de cumprir. A dívida começou a crescer e tive de encontrar mais alguns trabalhos para começar a pagar o que está em atraso”, revela Maria.

Este é um dos muitos exemplos de famílias portuguesas que neste momento não conseguem cumprir e pagar todas as obrigações financeiras. E no momento de cortar despesas fica de fora, na maioria das vezes, o condomínio.

Mas ser proprietário de um imóvel não representa apenas o interior da casa, mas também os espaços comuns de todo o prédio. Cabe a todos os proprietários de qualquer edifício de habitação, serviços, escritórios ou de qualquer outro imóvel zelarem pela manutenção, conservação e limpeza desses espaços, assim como da estrutura dos edifícios em caso de degradação e reparação.

É habitual e obrigatório existir uma despesa mensal ou anual, a repartir entre todos os proprietários, para cobrir esses gastos comuns.

Dívida subiu 2%

Paulo Antunes, CEO da LDC - Loja do Condomínio, adiantou ao SOL que, nos últimos dois anos, houve um agravamento dos valores em dívida de 2%. “A cobrança de quotas de condomínio tem vindo a tornar-se uma tarefa mais difícil, principalmente quando se trata de quotas extra, para fazer face a imprevistos”, explica.

O gestor revela que a principal forma de gerir o problema é tentar evitá-lo, mas há outras duas hipóteses. Uma é o pré-contencioso, onde se tenta chegar ao pagamento, ou a um acordo de pagamento. Se esta fase não resultar, deve-se enveredar pela via judicial, pois só assim se garante o funcionamento do condomínio. “Nesta questão, que pode parecer um pouco dura, é preciso ter em conta que o condomínio tem muita relevância na manutenção do valor das casas. Com a oferta imobiliária actual, dificilmente se vende uma fracção num condomínio degradado, e a manutenção é uma responsabilidade de todos”, salienta.

Paulo Antunes tem consciência de que as famílias enfrentam orçamentos mais restritivos, e o condomínio choca com várias outras despesas. (...)

Segundo um estudo da DECO Proteste, as dívidas do condomínio acabam por causar muitas vezes a degradação das relações dos proprietários e são 34% das causas apontadas para uma má vizinhança. Segundo o estudo, é o principal motivo para os problemas mais comuns dos prédios.

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Fonte: SOL, 02-12-2013

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