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domingo, 29 de janeiro de 2012

Câmara da Amadora suspendeu concurso para construção do metro de superfície

"A lei existe, mas não está regulamentada. O Governo tem que dizer, por exemplo, quais os critérios para poder haver transportes públicos municipais, se pode haver limites de anos, se pode haver concessões. Isto para não corrermos o risco de avançar com o Metrobus e depois não se poder utilizar”, explicou.

O vereador admitiu também que a suspensão pelo Governo das novas parcerias público-privadas é outra das razões para esta suspensão do Metrobus.

O projecto Metrobus foi anunciado em Setembro de 2010 e consistia na utilização de veículos eléctricos com várias carruagens a circular nas estradas, em vez de carris, uma vez que as suas rodas seriam de borracha.

A autarquia da Amadora pretendia ligar a partir de 2013 o futuro interface da CP/Metropolitano da Reboleira e o Dolce Vita Tejo, com um percurso que iria atravessar as freguesias da Venda Nova, Falagueira (estação de metro Amadora-Este), Mina, São Brás e Brandoa, numa extensão de cerca de sete quilómetros.

O concurso para a construção estava, segundo o vereador, em fase de lançamento.

Gabriel Oliveira explicou que o facto de a lei não estar regulamentada poderia levar a autarquia a “entrar em processos complicados de indemnizações com as operadoras” que actualmente servem o município.

O vereador criticou ainda as “constantes” alterações à legislação na área dos transportes: “Não conseguimos acompanhar a legislação que está em vigor. Não podemos correr o risco de ter uma solução, que é cara, e que só pode avançar se a legislação não estiver a ser alterada todos os dias”.

O vereador considerou que este modelo de transporte nas áreas urbanas é uma solução que “mais tarde ou mais cedo o Governo vai ter que adoptar”, uma vez que se trata de uma solução mais económica se comparada com o metropolitano.

“Cada quilómetro de metropolitano custa à volta de 50 milhões de euros. Este custa 500 mil. Isto sem esquecer o custo das estações, uma vez que no metro de superfície limitam-se a ser abrigos de autocarro, enquanto que no metropolitano custam trinta milhões”, disse.

Numa primeira fase do projecto, que custaria cerca de cinco milhões de euros, a maior parte do investimento ficaria a cargo da Chamartín, já que a empresa que detém o Dolce Vita Tejo iria financiar 4,45 milhões de euros da obra.

Numa segunda fase do MetroBus, estava previsto um segundo troço, fazendo a ligação entre o Dolce Vita Tejo e Odivelas, num investimento estimado de cerca de 12 milhões de euros.

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Fonte: Público, 27-01-2012

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