O "Jornal de Negócios" noticiou nesta quarta-feira que a EP quer introduzir portagens em todos troços não portajados com características de auto-estrada , nas áreas metropolitanas e em itinerários principais (IP) e complementares (IC).
A notícia refere que vias como o IC19 ou a CRIL se encaixam nesse perfil, embora a EP se tenha escusado a comentar essa possibilidade. Na nota hoje enviada às redacções, a EP frisa que “qualquer referência adicional a vias específicas, designadamente o IC19 ou a CRIL, é pura especulação jornalística”.
A empresa diz ainda ter-se limitado a "enunciar o princípio geral de que todas as auto-estradas podem ser portajadas”, isto “em resposta a questões colocadas pelo jornal em causa".
Ao "Jornal de Negócios" a EP terá dito que introduzir portagens nessas vias permitiria aumentar “a sustentabilidade do modelo de financiamento rodoviário”.
Autarca da Amadora apreensivo
O presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo (PS), reagiu dizendo que esta possibilidade “não tem grande sentido”, mas que, a ser verdade, provocaria o caos no trânsito local da Amadora, já que os condutores procurariam alternativas à via paga. “Parece-me um verdadeiro disparate. Se querem acabar com a classe média baixa em Portugal esse seria o caminho”, disse o autarca à Lusa, adiantando que este assunto “é tão disparatado” que só avançará “se houver outros interesses por trás, como a privatização da Linha de Sintra”, que irá ter aumentar o número de utentes se esta solução for avante.
Já o presidente da Câmara de Sintra, Fernando Seara (PSD), recusou-se a fazer “comentários a estudos de empresas públicas”.
Para Filipe Santos (PSD), presidente da Junta de Rio de Mouro, em Sintra, “a população nunca iria aceitar” esta medida, muito menos depois dos aumentos, alguns deles na ordem dos 25 por cento, nas tarifas dos transportes públicos. Seria “a machadada final” na situação de muitas famílias de Sintra, disse à Lusa o presidente da Junta de Massamá, Pedro Matias (PSD).
O presidente da Associação de Cidadãos Automobilizados, Manuel João Ramos, considera a colocação de portagens nas vias rápidas uma “falha no contrato do Estado para com a sociedade”. “Vamos fomentar a economia com as obras públicas e fomentar a mobilidade e depois introduzem-se portagens? As portagens não faziam parte do contrato com os eleitores”, criticou em declarações à Lusa. “Há aqui uma situação de abuso extremo.”
_____
Fonte: Público, 03-08-2011
Colabore com o blogue
A partilha de informações e novidades são uma óptima forma de conhecermos melhor o local onde vivemos. Se tiver interesse em colaborar com o blogue, por favor envie as suas mensagens para o nosso contacto.
Para conseguirmos ter o que comprámos, é dever de todos os vizinhos zelar pelo cumprimento do plano de urbanização do Casal de Vila Chã e a correcção de erros já detectados.
Acompanhe os comentários a Promessas por cumprir.
Acompanhe os comentários a Promessas por cumprir.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário