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sábado, 10 de maio de 2014

Desalojados na Amadora ocupam igreja e pedem mediação com autarquia

Algumas desalojados esta semana do bairro de Santa Filomena, Amadora, ocuparam, este sábado, a igreja local e recusam-se a sair, exigindo que representantes da Igreja sejam mediadores entre eles a autarquia, na procura de uma solução para o seu problema.

No local estão efetivos da PSP da esquadra da Reboleira a tentar resolver a situação, disse fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP.

Segundo Eurico Cangombi, do Habita -- Coletivo pelo Direito à Habitação e à Cidade, os desalojados entraram, este sábado, cerca das 9.30 horas na Igreja durante a missa e recusam-se a sair.

Cerca das 13.30 horas permaneciam sete pessoas dentro do edifício, à espera de um superior da Igreja a quem possam expor s suas pretensões, mas, segundo Eurico Cangombi, são ainda esperadas outras duas famílias, uma com duas crianças e outra com três.

Eurico Cangombi explicou à Lusa que os habitantes desalojados levaram para a igreja colchões, roupas, comida e outros bens que conseguiram retirar das casas demolidas e têm a intenção de usar o edifício como teto até haver uma solução.

O objetivo é também que representantes da igreja católica sejam mediadores destas pessoas junto da Câmara Municipal da Amadora, tendo em vista uma solução.

Os moradores desalojados já escreveram uma carta ao Patriarca de Lisboa, António Clemente, a pedir ajuda para esta situação.

A Câmara da Amadora demoliu na terça-feira sete construções clandestinas no bairro de Santa Filomena, de famílias não inscritas no Programa Especial de Realojamento (PER), e deve concluir este ano a demolição das restantes barracas.

A presidente da Câmara da Amadora, Carla Tavares (PS), admitiu então à Lusa que existem famílias não abrangidas pelo PER, mas defendeu a necessidade de concluir a erradicação das barracas no bairro de Santa Filomena.

As recentes demolições deixaram sem teto uma dezena de pessoas.

O Habita defende a suspensão do PER, lançado em 1993, pois após 20 anos está desatualizado.

Segundo um inquérito de julho de 2012, estavam excluídas do realojamento 285 pessoas, em 84 famílias, das quais mais de 55 tinham pelo menos uma pessoa desempregada.

Em março, a Câmara contabilizava 301 construções demolidas no bairro de Santa Filomena. Das 141 por demolir, 50 são consideradas "ocupações ilegais".

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Fonte: Jornal de Notícias, 10-05-2014

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