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domingo, 31 de agosto de 2008

Ó careca tira a bóina

As marquises haviam de ser proibidas e as pessoas obrigadas a apresentarem-se nas varandas, expostas aos elementos e aos nossos olhares deliciados, sentadinhas a ler jornais, ou de pé a regar as sardinheiras, enquanto falam aos gritos com os vizinhos.

As marquises, em contrapartida, expõem toda uma vida, com as suas tristes mobílias e os seus hábitos entorpecedores. Vistas todas juntas, parecem uma parede esburacada onde se tenham pendurado miniaturas de todas as pinturas de Hopper. Há quem goste deste efeito, que surge duma multiplicação de intrusões e de indiferenças. Mas para deixar de gostar basta ter tido a experiência de estar numa marquise, de robe, com uma caneca na mão, a olhar para cem outras marquises idênticas, onde estão mais vinte ou trinta robes, a lavar loiça; a passar a ferro ou a pensar na morte da bezerra, especados como nós, com uma caneca na mão.

Nas varandas, as pessoas põem mobílias de jardim, que aceitam o tempo e não magoam a vista de quem passa. Mas nas marquises põem tudo o que têm de mais horrível, velho e atafulhado, com as coisas a não dizer com as outras, aos gritos. Parece que houve um bombardeamento; que ruiu parte do prédio; que ficou aquela saleta ridícula e despropositadamente luminosa, pendurada no ar; a obrigar-nos a olhar para ela e a fazer-nos pena - uma pena enfurecedora, por ser pena de nós próprios e do nosso olhar.

O problema é sempre o mesmo: o hipercriticismo português, fóbico e maldito, perante o clima de Portugal, harmónico e abençoado. A falta de esplanadas é exactamente da mesma ordem patológica de ausência que a falta de varandas. As obsessivas marquises portuguesas são um exemplo puro do que nos move e perturba: através delas, procuramos tapar e fechar uma coisa aberta ao mundo. Mas acabamos por destapar e abrir um mundo bem pior: o pequeno e miserável mundo das nossas vidas e das nossas casas, vistas por quem não as quer ver.

As marquises são como os capachinhos. Não é preciso uma rajada de vento para destaparem a careca a quem os usa - muito mais do que se estivessem de careca destapada, ao ar livre, como deve ser.

Miguel Esteves Cardoso

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Fonte: Única, Expresso

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Comissão trava câmaras de vigilância em zonas perigosas

Os anunciados planos de videovigilância podem vir a esbarrar na interpretação restritiva da Comissão Nacional para a Protecção dos Dados. O Governo já alerta para os "problemas que a concretização enfrentará".

O tão falado Programa Nacional de Videovigilância está a ter algumas dificuldades em passar do papel para a prática. Se, num momento inicial, as autarquias não pareciam muito interessadas em aderir ao programa, agora, com os Contratos Locais de Segurança e talvez também por causa do aumento da criminalidade, os candidatos sucedem-se. Lisboa, Loures, Amadora, Coimbra, Bragança, Fátima, Sintra,Albufeira, Almeirim, Faro, Estarreja, Loulé e Vilamoura, já manifestaram intenções em montar sistemas de videovigilância no espaço público.

Porém, a implementação pode ser apenas uma miragem. O alerta vem do próprio Governo: José Magalhães, secretário de Estado adjunto e da Administração Interna, num artigo publicado no site do Ministério, é claro até na recusa de responsabilidades: "Em matéria de videovigilância de locais públicos não há decisão livre do Governo". Com efeito, o MAI só pode autorizar a instalação de um sistema de videovigilância com um parecer positivo da CNPD. E aqui é que reside o problema, sendo que a actuação da comissão não tem agradado ao ministério.

No passado dia 16 de Junho, José Magalhães já se tinha queixado da "drástica redução" que o plano de videovigilância para a Praia da Rocha (Portimão) tinha sofrido, com a necessária aceitação das recomendações da CNPD. Mas as críticas mais violentas viriam a 18 de Julho. "Profundamente decepcionante e preocupante" foi a apreciação que fez do parecer que negou a instalação do sistema na Batalha.

Não admira, portanto, que, na semana passada, José Magalhães tenha vindo avisar os autarcas interessados na videovigilância para os "problemas que a sua concretização enfrentará". Referia-se não só aos necessários compromissos burocráticos e técnicos, mas também à interpretação restritiva que a CNPD faz da lei que regula a videovigilância.

O presidente da Câmara da Amadora, José Raposo, sabe bem do que fala Magalhães. "É um processo complexo. O maior problema tem sido a aprovação pela CNPD. Percebo que existam um conjunto de reservas, como o raio da filmagem. Mas o clima de insegurança está a aumentar nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e precisamos de meios para fazer face a essa situação", explicou ao JN. O autarca espera que os recentes acontecimentos venham suavizar as exigências da comissão. "Nós queremos vigilância durante 24 horas. Até porque estes últimos problemas têm acontecido em períodos normais, não só de noite. É que, mais até do que as garantias dos cidadãos (que são importantes) é o seu direito à segurança", explicou. (...)

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Fonte: Jornal de Notícias, 27-08-2008

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Mina perspectiva futuro

Há onze anos a guiar os destinos da Freguesia da Mina, Joaquim Rocha acredita na breve concretização de alguns dos grandes projectos que vão melhorar, significativamente, a qualidade de vida dos residentes de uma das localidades que compõem o coração da cidade. Inevitavelmente, o Parque Central, e neste caso, a sua requalificação a breve trecho, é um dos assuntos que está na ordem do dia. “Sempre defendi, e não é por morar na Mina há 40 anos, que o Parque Central continua a ser o cartão de visita da freguesia e até da Amadora. Na altura em que foi feito seria um bom parque, hoje está desactualizado”, assume o presidente.

O concurso público para a requalificação paisagística do emblemático espaço verde e de lazer da cidade já foi lançado e a obra “deve estar concluída em Agosto ou Setembro do próximo ano”, revela o autarca. “Este projecto vai dar uma alma extraordinária à Mina. As pessoas vão ter espaços para manutenção, ginástica, passeios, com novos equipamentos para os mais novos”, salienta o presidente da junta.

Mas, se a zona da freguesia mais perto do centro da cidade tem a sua longa história, território da Mina está em franca expansão. São várias as urbanizações a brotar a norte da freguesia, espaços urbanos que conferem uma jovialidade a um território bastante envelhecido. “Urbanizações como a Serra das Brancas e Vila Chã estão a trazer para a freguesia mais famílias, principalmente jovens. São, sem dúvida, grandes empreendimentos”, realça Joaquim Rocha. Empreendimentos geradores de novos espaços comerciais e de serviços, bem como de equipamentos úteis à população. “Na Serra das Brancas, para além de um polidesportivo, vão existir espaços para as crianças e bastantes zonas verdes. Em Vila Chã destaca-se a nova escola, cujo projecto já foi aprovado”, salienta Joaquim Rocha. O novo estabelecimento escolar vai ter “valência de creche, jardim-de-infância e escola básica”, acrescenta o autarca, revelando ainda que “tudo indica que as duas escolas novas da freguesia, a de Vila Chã e a Miguel Bombarda, comecem a funcionar no ano lectivo de 2009/10”.

Ainda integrada no território da Mina, a localidade de Carenque está bastante
distante da sede de freguesia. Uma zona bastante envelhecida a carecer de algumas intervenções profundas como a que vai arrancar em breve. Trata-se da requalificação paisagística da Estrada das Águas Livres, junto à Rua Manuel da Fonseca, uma obra da Câmara Municipal. “Há um projecto para o arranjo dos taludes e dos passeios, que em alguns lados têm apenas 30 centímetros, e vai ser colocado um sistema de rega automática”, revela Joaquim Rocha. “Todos os anos aquela encosta dá-nos muito trabalho a limpar, porque tem ratos, insectos e lixo”, acrescenta.

Ainda assim, há muito por fazer no que se refere à requalificação do acesso àquela localidade. “A entrada em Carenque é muito problemática”, assume Joaquim Rocha. O acesso é feito, desde a rotunda até ao centro da localidade, por uma estrada estreita sem passeio para peões. “Podia fazer-se uma entrada muito bonita, com passeios. Sei que é difícil porque a estrada é estreita, mas podia ser feito um passeio pedonal sob a ribeira”, sugere. “Gostaria de ver este problema resolvido porque Carenque tem muitos idosos e estes só podem sair ou entrar ali de carro. O percurso a pé é muito perigoso”, alerta o autarca local.

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Fonte: Jornal da Região, 26-08-2008

Linha férrea devia ser enterrada

A par da Venteira, a freguesia da Mina compõe o coração da cidade. Contudo, as duas estão separadas pela linha de caminho de ferro, dividindo igualmente a Amadora. Uma barreira física que, segundo Joaquim Rocha, tem prejudicado a sua freguesia. “A Mina tem comércio local, todavia pouco e fraco, com pequenas pastelarias, frutarias e algumas lojas de roupa. A maior concentração de lojas está do outro lado da estação”, afirma.

Porém, a estação de comboios da Amadora chega mesmo a ser um obstáculo difícil de transpor para muitos dos moradores da Mina. “Há muita gente que não consegue, dada a sua idade, ir ao lado de lá, porque tem de descer a escadaria da estação”, alerta. Por isso defende que o centro da cidade deveria ser um grande espaço comercial ao ar livre, “uma zona com outra visão”.

Para tal, bastava enterrar a linha férrea. “As pessoas quando chegam à Amadora e saem do comboio vêem um concelho dividido. Chegaram a existir estudos sobre tal possibilidade mas penso que essa intervenção só vai acontecer quando a estação de comboios precisar de obras de fundo”, considera o presidente da junta.

A característica física da estação chegou mesmo a ser, no passado, uma dor de cabeça para os serviços de higiene e limpeza pública da junta de freguesia. “Em tempos, quando chovia muito e como a freguesia é muito inclinada, a estação era constantemente inundada. Ao longo dos últimos anos temos tido cuidados redobrados com a limpeza para que não volte a acontecer”, acrescenta.

Após a polémica colocação de parquímetros na freguesia vizinha da Venteira, a câmara chegou a aprovar um regulamento similar para a Mina. “Os parquímetros chegaram a ser colocados mas nunca entraram em funcionamento”, explica Joaquim Rocha. Os moldes de implementação das zonas tarifadas de estacionamento nunca foram consensuais mas, para o presidente da junta, o seu funcionamento seria benéfico para os residentes que vivem nas imediações da estação de comboio. E dá mesmo o exemplo da rua onde está situada a junta de freguesia, a PSP e outros serviços como os SMAS. "Nesta rua, quem quer vir pagar a água, vir à junta ou à polícia não consegue estacionar. Às vezes, com 20 cêntimos, consegue estacionar sem ter de gastar gasolina às voltas", salienta. "Concordo com os parquímetros, mas não se deve obrigar os moradores a estacionar em determinado lado. Os residentes continuam prejudicados porque há muitas pessoas que deixam aqui os seus carros para irem apanhar o comboio",
reforça Joaquim Rocha.

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Fonte: Jornal da Região, 26-08-2008

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Dúvidas de um possível vizinho II

Boa tarde,

Estive a ver o seu blog e devo felicitá-lo pela excelente ideia e pelo magnifico trabalho que tem feito!
É uma ajuda fantástica para quem mora, ou quer morar, nessa urbanização.
O motivo pelo qual lhe escrevo é o seguinte: estive no fim de semana passado a visitar uns apartamentos e confesso que fiquei tentada a comprar um. Mas antes de tomar essa decisão quero saber como é o ambiente do bairro, se há distúrbios à noite, se há infantários e escolas perto, se há transportes perto (o metro é perto?? dá para ir a pé para a estação da cp??), etc.
Gostei particularmente de uma casa que fica no prédio do café Ninho de Águia. Como é o ambiente desse café? (quando lá fui estava fechado), fecha muito tarde? É um local barulhento? Pode esclarecer-me essas dúvidas?
Obrigada pela atenção dispensada.
Fico a aguardar resposta.

Com os melhores cumprimentos.


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Nota: e-mail enviado por SRC

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Jardins e cães

Caros vizinhos,

A nossa urbanização tem sido apontada como um exemplo de boa ordenação e bom gosto na arquitectura usada e todos concordam por certo que os jardins são um ex-libris fundamental nestas qualidades. O urbanizador, neste aspecto, não foi muito generoso, mas ainda assim existem alguns bons exemplos por aqui.
Outra característica, que também se considera saudável, são abundantes os animais domésticos, nomeadamente cães, que os moradores deste bairro possuem e levam a passear.
No entanto, no encontro destes dois elementos está a surgir um problema: os dejectos dos animais, que na sua esmagadora maioria não são recolhidos pelos proprietários dos animais - conforme a lei impõe -, estão a tornar os jardins e pracetas espaços impossíveis de frequentar.
Se por um lado os proprietários devem observar a lei e as regras de higiene e boa convivência, também, por outro lado, poderia o urbanizador mandar colocar suportes com sacos de recolha para minimizar os esquecimentos.
Este texto não é do tipo "jardins vs cães", mas sim, como o titulo indica "jardins e cães".

Cumprimentos.
Joaquim Dias


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Nota: e-mail enviado por Joaquim Dias

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Basta! II

Meu caro,

Não sei que seguimento a CMA têm dado ao tema... mas enquanto esperamos, os acidentes vão acontecendo.

Ontem registei outro no cruzamento mais abaixo.

Se quiser, posso disponibilizar as fotografias.

Cumprimentos.




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Nota: e-mail enviado por Luís Pires, 08-08-2008

Ligar duas linhas férreas custa 58 milhões de euros

O presidente do Metropolitano de Lisboa (ML), Joaquim Reis, assinou ontem um contrato no valor de 58 milhões de euros para prolongar em pouco mais de 200 metros a linha azul desde a estação Amadora Este até à Reboleira, onde será criado um interface de ligação directa à estação dos comboios da CP para servir quatro milhões de passageiros por ano.

"Duzentos e poucos metros de linha essenciais para ligar o metro à linha de Sintra da CP, transformando um sistema incoerente num sistema coerente, coordenado e intermodal", salientou ontem a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, na cerimónia oficial.

Anunciando que este prolongamento do ML até à Reboleira abrirá à exploração no primeiro semestre de 2011, a secretária de Estado pediu aos representantes do consórcio da Zagope, Soares da Costa, Teixeira Duarte e Tâmega para "cumprirem o contrato, os prazos e os custos".

Visivelmente aborrecida com inúmeros comentários que tem ouvido sobre o facto de escassos 200 metros de linha custarem 58 milhões de euros, Ana Paula Vitorino lembrou que o prolongamento da linha azul até Amadora Este não avançou logo até à Reboleira, "porque diziam que iria roubar passageiros à CP".

"Nos meus 20 anos de carreira técnica na área dos transportes, nunca tinha ouvido tão grande incoerência", salientou a secretária de Estado, referindo que "os transportes públicos não existem para dar lucro às empresas, mas sim para servirem as populações". Frisou ainda que esta ligação entre as duas vias férreas "até vai captar mais clientes para a CP".

Sobre a mesma questão também se pronunciou o presidente da câmara da Amadora, Joaquim Raposo, lembrando que há 11 anos, quando se candidatou à autarquia, anunciava "querer levar o metro até à Amadora. Todos diziam que isso era ilusão e que seria o metro virtual. Mas não é. Já está feito e até vai crescer até à Reboleira, servindo não só este concelho mas também o de Sintra".

Referindo estar em curso o processo para o metro ligeiro de superfície do seu município, o autarca diz que a "Amadora vai ter, a seguir a Lisboa, a melhor rede de transportes públicos da área metropolitana".

Quanto aos pormenores técnicos da obra, o presidente do ML, Joaquim Reis, explicou que "cerca de 600 metros são relativamente complicados, porque se desenvolvem numa zona que interfere com a linha suburbana da CP e com o Aqueduto das Águas Livres. Por isso, é preciso fazer bem o trabalho de casa". (...)

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Fonte: Diário de Notícias, 14-08-2008

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Metro de Lisboa vai crescer até à Reboleira

A linha Azul do Metro de Lisboa vai prolongar-se até à Reboleira, uma obra que deverá estar concluída em 2011, cujo contrato foi assinado esta manhã na estação Amadora-Este e na presença da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

O contrato de empreitada da futura estação de metro da Reboleira prevê a construção de uma galeria dupla de cerca de duzentos metros, um término de 280 metros e uma estação com cais de cem metros de comprimento de 'interface' com a actual estação de comboios da Reboleira, na linha de caminhos-de-ferro de Sintra.

A extensão da linha Azul do Metro de Lisboa entre as estações de Amadora-Este e Reboleira insere-se no plano de expansão da rede do Metropolitano da capital que, depois da abertura das estações do Terreiro do Paço e Santa Apolónia prevê ainda a entrada em serviço de mais seis novas estações até 2011, distribuídas entre a linha Azul e a Vermelha, atingindo um total de 9,6 novos quilómetros de rede. (...)

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Fonte: RTP, 13-08-2008