A polícia chegou ao Bairro de Santa Filomena e desligou a água e a luz, numa tentativa de fazer com que as pessoas saíssem de casa, o que acabou por acontecer. O acesso ao bairro foi fechado para os trabalhadores da câmara avançarem com a demolição das habitações, inserida no processo de desmantelamento do bairro ilegal. Fonte policial disse à Lusa que está prevista a demolição de 18 casas, sendo que oito delas estão habitadas.
Os moradores têm a indicação de que se saírem do bairro não podem voltar e, por isso, até ao final da manhã permaneciam junto às suas casas.
A subcomissária Carla Duarte, porta-voz do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, disse ao PÚBLICO que durante a manhã não houve “qualquer alteração ou situação anormal” e que tem estado “tudo calmo”. A PSP vai continuar no terreno durante o dia para garantir a “tranquilidade pública”, acrescentou. (...)
Em 1993 a autarquia realizou um recenseamento nos vários bairros da Amadora, entre os quais se encontrava o de Santa Filomena. Segundo esse levantamento, 562 agregados familiares, residentes em 442 habitações precárias, iriam necessitar de realojamento. No total, 1945 pessoas teriam de sair.
Segundo a autarquia, até ao momento foram demolidas 188 construções dentro do bairro. Existem ainda 284 barracas, onde moram 173 agregados inscritos no Programa Especial de Realojamento (PER) e 111 famílias em situação de ocupação ilegal.
O recenseamento que serve de base ao PER foi feito há 20 anos e muitas das pessoas que agora vivem em Santa Filomena ainda não residiam no bairro em 1993. Por não estarem incluídas nesse levantamento, agora não têm direito a ser realojadas ao abrigo daquele programa.
Numa primeira fase, a autarquia está a tentar realojar 46 famílias. Para 28 destes agregados, que estavam inscritos no PER, a autarquia tem feito “um grande esforço financeiro para aquisição de fogos dispersos no mercado imobiliário e tem celebrado contratos de arrendamento”. Para outras dez famílias não inscritas, a câmara conseguiu encontrar soluções no parque habitacional privado, através de “arrendamentos aos mesmos valores que, na sua maioria, suportavam já no bairro”.
“As restantes 8 famílias não manifestaram qualquer disponibilidade para procurarem outras alternativas habitacionais, em algumas situações não compareceram aos atendimentos marcados, fechando toda e qualquer hipótese de ajuda”, refere a câmara em comunicado. (...)
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Fonte: Público, 26-07-2012
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4 comentários:
Finalmente!!!Uma grande noticia para todos e para a nossa urbanização!
Peca por tardia, mas é muito boa esta noticia. Já não há pachorra para assaltos. Agora a moda é as arrecadações!
só espero que seja rapido afim de trazer sossego a nossa urbanização e justiça neste pais que penaliza quem trabalha e beneficia os delinquentes.
Não preocupem Santa Filomena vai desaparecer mas como isso anda, os bancos vão vir a carga para vos tirar a casa. Viram para amadora encontram Santa Filomena aqui agora querem tirar Santa Filomena. Quem são vocês? Porque os bancos vos deram um credito já pensam que são superiores.
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